Antes de seguir com a leitura, um aviso: se você for um brasileiro nacionalista que se lixa para os gringos, esqueça este texto – que é dirigido aos conterrâneos que desejam viajar para o exterior e não querem passar por constrangimentos.
Como (alguns) sabem, morei um ano em Nova York – aventura registrada no meu livro “
Bem-vindo à América”, cuja capa está bem ali no lado esquerdo da página. E conforme consta no livro, registrei alguns causos da colônia brasileira na cidade que não são muito edificantes para nossos conterrâneos.
Bom, navegando aqui e ali me deparei com um interessante artigo do jornalista norte-americano Seth Kugel (que conhece bem o Brasil), que fez uma lista com os 7 erros mais comuns cometidos pelos turistas brasileiros no exterior. Abaixo você verá um resumo feito por mim numa linguagem direta e não tão polida como o autor. Clique
AQUI para ler o artigo na íntegra.
1- No Brasil, o dedo polegar esticado quer dizer “o.k.”. Mas em muitos países tal gesto pode ser interpretado como ofensa (tipo vá à m.) ou vulgaridade;
2- Evite tomar mais de dois banhos por dia na casa dos amigos estrangeiros; e evite ficar mais de 5 minutos debaixo do chuveiro. No Brasil a água é farta e barata, mas lá fora não;
3- Nas praias estrangeiras, usar sunga muito pequena ou fio dental pode trazer constrangimentos. Para nós brasileiros isto é comum, mas no estrangeiro o fio dental é usado apenas nas boates pelas srtippers. Em suma: usar fio dental ou sunguinha em praias estrangeiras é pedir para ser confundido com pessoa “devassa” (para usar um termo mais carinhoso);
4- Antes de usar o banheiro para evacuar, certifique-se sobre o melhor destino do papel higiênico usado; da conveniência ou não de se jogar papel na cesta de lixo. A melhor forma é perguntar ao próprio dono da casa. Em muitos países com sistema sanitário perfeito, o papel é jogado direto no vaso sanitário. E jogá-lo na lixeira do banheiro pode enojar da mesma forma se alguém jogasse papel higiênico sujo na cesta do seu escritório;
5- Evite os “amassos” amorosos em público, com beijo de língua e congêneres. No Brasil isto é comum, mas em muitos países isto choca da mesma forma que você ficaria chocado ao ver um casal transando no meio da rua;
6- Ao calcular os custos da viagem, inclua as gorjetas no orçamento. Sim: gorjeta é uma instituição quase obrigatória, principalmente em Nova York, onde inclusive recebi muitos “tips” (gorjetas) como taxista. Para saber do valor normal da gorjeta em cada país e em cada tipo de serviço, existem várias formas: pesquisando na internet, perguntando ao seu agente de viagens etc;
7- Esta dica é muito importante: quando for alugar um carro, tenha plena consciência em respeitar as leis locais de trânsito. Senão, você pode ter graves problemas legais no país. Outra coisa: pedestre não é um intruso feito para o motorista passar por cima. Pela lógica estrangeira, os pedestres são os donos da rua – e não os motoristas. Como eu digo em meu livro para resumir a lógica das leis civilizadas de trânsito: se um sujeito pular de um avião e cair em cima do seu carro, você será o culpado até que se prove o contrário num longo, caro e árduo processo. Agora tente imaginar o que será de um motorista que atropele alguém na faixa de pedestres.