quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os sete erros dos brasileiros no exterior

Antes de seguir com a leitura, um aviso: se você for um brasileiro nacionalista que se lixa para os gringos, esqueça este texto – que é dirigido aos conterrâneos que desejam viajar para o exterior e não querem passar por constrangimentos.

Como (alguns) sabem, morei um ano em Nova York – aventura registrada no meu livro “Bem-vindo à América”, cuja capa está bem ali no lado esquerdo da página. E conforme consta no livro, registrei alguns causos da colônia brasileira na cidade que não são muito edificantes para nossos conterrâneos.

Bom, navegando aqui e ali me deparei com um interessante artigo do jornalista norte-americano Seth Kugel (que conhece bem o Brasil), que fez uma lista com os 7 erros mais comuns cometidos pelos turistas brasileiros no exterior. Abaixo você verá um resumo feito por mim numa linguagem direta e não tão polida como o autor. Clique AQUI para ler o artigo na íntegra.

1- No Brasil, o dedo polegar esticado quer dizer “o.k.”. Mas em muitos países tal gesto pode ser interpretado como ofensa (tipo vá à m.) ou vulgaridade;

2- Evite tomar mais de dois banhos por dia na casa dos amigos estrangeiros; e evite ficar mais de 5 minutos debaixo do chuveiro. No Brasil a água é farta e barata, mas lá fora não;

3- Nas praias estrangeiras, usar sunga muito pequena ou fio dental pode trazer constrangimentos. Para nós brasileiros isto é comum, mas no estrangeiro o fio dental é usado apenas nas boates pelas srtippers. Em suma: usar fio dental ou sunguinha em praias estrangeiras é pedir para ser confundido com pessoa “devassa” (para usar um termo mais carinhoso);

4- Antes de usar o banheiro para evacuar, certifique-se sobre o melhor destino do papel higiênico usado; da conveniência ou não de se jogar papel na cesta de lixo. A melhor forma é perguntar ao próprio dono da casa. Em muitos países com sistema sanitário perfeito, o papel é jogado direto no vaso sanitário. E jogá-lo na lixeira do banheiro pode enojar da mesma forma se alguém jogasse papel higiênico sujo na cesta do seu escritório;

5- Evite os “amassos” amorosos em público, com beijo de língua e congêneres. No Brasil isto é comum, mas em muitos países isto choca da mesma forma que você ficaria chocado ao ver um casal transando no meio da rua;

6- Ao calcular os custos da viagem, inclua as gorjetas no orçamento. Sim: gorjeta é uma instituição quase obrigatória, principalmente em Nova York, onde inclusive recebi muitos “tips” (gorjetas) como taxista. Para saber do valor normal da gorjeta em cada país e em cada tipo de serviço, existem várias formas: pesquisando na internet, perguntando ao seu agente de viagens etc;

7- Esta dica é muito importante: quando for alugar um carro, tenha plena consciência em respeitar as leis locais de trânsito. Senão, você pode ter graves problemas legais no país. Outra coisa: pedestre não é um intruso feito para o motorista passar por cima. Pela lógica estrangeira, os pedestres são os donos da rua – e não os motoristas. Como eu digo em meu livro para resumir a lógica das leis civilizadas de trânsito: se um sujeito pular de um avião e cair em cima do seu carro, você será o culpado até que se prove o contrário num longo, caro e árduo processo. Agora tente imaginar o que será de um motorista que atropele alguém na faixa de pedestres.

domingo, 24 de julho de 2011

Das "coincidências" musicais...

Segundo experts, uma canção com quatro notas musicais seguidas que coincida com outra canção é considerado plágio. Da mesma forma, são considerados plágios os arranjos e/ ou as letras que remetam a outra canção...

A não ser, claro, que o artista, ao divulgar o seu trabalho, declare publicamente a sua "fonte" de inspiração; a sua intenção de homenagear ou parafrasear o trabalho alheio.

Em 2009, publiquei uma série de vídeos que remetem a algumas coincidências... Eis o primeiro da série:

domingo, 17 de julho de 2011

Levante a sua voz

Julian Assange, fundador do Wikileaks, sobre a indústria das comunicações, ou, a chamada "grande mídia":

"eles são tão ruins, que devemos nos perguntar se o mundo seria melhor sem eles completamente”, disse ele.” (clique AQUI para a entrevista completa).

Não cabe aqui julgar se Assange é mocinho ou bandido, mas tenho refletido muito sobre o que ele disse... E concluí que, desde sempre, os (grandes) meios de comunicação serviram mais como ferramenta da oligarquia; da opressão - deixando p/ terceiro plano a função social. Hoje, tal função ficou para o pequeno jornaleco de bairro ou p/ as "marginais" rádios comunitárias.

Por favor, se puder assista ao vídeo abaixo. É a primeira parte de um documentário que, com linguagem simples e direta, ilustra muito bem isso tudo:

terça-feira, 5 de julho de 2011

Chico: a raiva na internet e o fator BBB

O cara passa 67 anos na vida achando que era amado. Então num belo dia resolve ler os comentários de um post na internet e descobre que também é odiado, com ofensas e xingamentos de tudo que é tipo: velho, chato etc.

Isto aconteceu com Chico Buarque. Alguém escreveu um artigo (clique AQUI para ler) creditando o "fenômeno" à uma espécie de ira que prevalece na internet. Discordo plenamente. Eis na íntegra o comentário meu sobre tal artigo:

O problema dos xingamentos na Internet não é "raiva na internet". Há um equívoco aí. Na verdade, é um fenômeno que eu chamaria de "fator Big Brother Brasil". Depois que compreendi o "fator BBB", passei a entender mais claramente a internet. Vou tentar explicar...

O BBB é acompanhado por todas as classes e idades. Então certo dia eu vi uma pesquisa dando conta que a grande maioria dos telespectadores que ligavam para eliminar algum "big brother" era formada por crianças e adolescentes. Daí deduzi que todos os programas televisivos interativos funcionam assim: quem decide são os (muito) jovens. Pois essa geração sente aquela necessidade quase orgânica de interagir com o mundo. E hoje dominam quase que de forma instintiva cada novidade eletrônica que surge.

Com a Internet não é diferente. Todo mundo (de crianças a velhos) navega na Internet. Mas tenho plena convicção de que toda a efervescência é ditada pela molecada. Você tem aqui e ali algumas fervuras comandadas por pessoas maduras, mas normalmente são os adolescentes que botam pra quebrar. Veja no Twitter, por exemplo, quais são os temas mais discutidos (os chamados “TTs”)... E você vai deduzir que é a molecada que está ali marcando presença. Em suma: coisa de criança...

Então você vai e fala de Chico Buarque. Quem é Chico Buarque? Ora, Chico Buarque para a minha geração é gênio, mas para eles, quando conhecem, dizem que.é um velhinho que faz “música chata”. Mas ouse escrever um artigo falando mal de Luan Santana ou NXZero. Qual a linguagem que usarão para contestar? Ora, vai vir é palavrão, ofensa... Estão errados? Não sei, mas também já fui menino e acho que agiria da mesma forma se voltasse no tempo e alguém falasse mal dos meus “ídolos” de então.


Assita ao vídeo com a entrevista de Chico no link abaixo:
http://vimeo.com/25483143