domingo, 28 de agosto de 2011

Pink Floyd & O Mágico de Oz (legendado)

Após os vídeos terem sido varridos do Youtube, optei por publicar a série de vídeos no Portal Nassif. Confira também o "raio X" que fiz do álbum "The Dark Side of Moon", com as letras, traduções e análise. Basta clicar AQUI ou logo ali no banner do álbum (no canto superior esquerdo do blog).

Para assistir aos vídeos diretamente no Portal, clique AQUI.

Diz a lenda que há uma sincronia entre estes dois clássicos: o álbum "The Dark Side of Moon" ("O Lado Escuro da Lua", do Pink Floyd) e o filme "The Wizard of Oz" ("O Mágico de Oz"). A sincronia ficou popularmente conhecida como "The Dark Side of Rainbow" (O Lado Escuro do Arco-íris) , um trocadilho com o título do álbum do Pink Floyd e a canção "Over the Rainbow" ("Além do Arco-íris), a principal da trilha sonora do filme e que se tornou uma referência na história do cinema. E já aqui temos uma instigante coincidência: teria o famoso espectro de cores na capa do álbum alguma associação com as duas fases (preto e branco e colorida) do filme? Ao longo das legendas, você terá uma explicação acerca disto.

Em tempo: são 5 (cinco) partes; a coisa começa a "esquentar" mesmo a partir da 3a. parte.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os sete erros dos brasileiros no exterior

Antes de seguir com a leitura, um aviso: se você for um brasileiro nacionalista que se lixa para os gringos, esqueça este texto – que é dirigido aos conterrâneos que desejam viajar para o exterior e não querem passar por constrangimentos.

Como (alguns) sabem, morei um ano em Nova York – aventura registrada no meu livro “Bem-vindo à América”, cuja capa está bem ali no lado esquerdo da página. E conforme consta no livro, registrei alguns causos da colônia brasileira na cidade que não são muito edificantes para nossos conterrâneos.

Bom, navegando aqui e ali me deparei com um interessante artigo do jornalista norte-americano Seth Kugel (que conhece bem o Brasil), que fez uma lista com os 7 erros mais comuns cometidos pelos turistas brasileiros no exterior. Abaixo você verá um resumo feito por mim numa linguagem direta e não tão polida como o autor. Clique AQUI para ler o artigo na íntegra.

1- No Brasil, o dedo polegar esticado quer dizer “o.k.”. Mas em muitos países tal gesto pode ser interpretado como ofensa (tipo vá à m.) ou vulgaridade;

2- Evite tomar mais de dois banhos por dia na casa dos amigos estrangeiros; e evite ficar mais de 5 minutos debaixo do chuveiro. No Brasil a água é farta e barata, mas lá fora não;

3- Nas praias estrangeiras, usar sunga muito pequena ou fio dental pode trazer constrangimentos. Para nós brasileiros isto é comum, mas no estrangeiro o fio dental é usado apenas nas boates pelas srtippers. Em suma: usar fio dental ou sunguinha em praias estrangeiras é pedir para ser confundido com pessoa “devassa” (para usar um termo mais carinhoso);

4- Antes de usar o banheiro para evacuar, certifique-se sobre o melhor destino do papel higiênico usado; da conveniência ou não de se jogar papel na cesta de lixo. A melhor forma é perguntar ao próprio dono da casa. Em muitos países com sistema sanitário perfeito, o papel é jogado direto no vaso sanitário. E jogá-lo na lixeira do banheiro pode enojar da mesma forma se alguém jogasse papel higiênico sujo na cesta do seu escritório;

5- Evite os “amassos” amorosos em público, com beijo de língua e congêneres. No Brasil isto é comum, mas em muitos países isto choca da mesma forma que você ficaria chocado ao ver um casal transando no meio da rua;

6- Ao calcular os custos da viagem, inclua as gorjetas no orçamento. Sim: gorjeta é uma instituição quase obrigatória, principalmente em Nova York, onde inclusive recebi muitos “tips” (gorjetas) como taxista. Para saber do valor normal da gorjeta em cada país e em cada tipo de serviço, existem várias formas: pesquisando na internet, perguntando ao seu agente de viagens etc;

7- Esta dica é muito importante: quando for alugar um carro, tenha plena consciência em respeitar as leis locais de trânsito. Senão, você pode ter graves problemas legais no país. Outra coisa: pedestre não é um intruso feito para o motorista passar por cima. Pela lógica estrangeira, os pedestres são os donos da rua – e não os motoristas. Como eu digo em meu livro para resumir a lógica das leis civilizadas de trânsito: se um sujeito pular de um avião e cair em cima do seu carro, você será o culpado até que se prove o contrário num longo, caro e árduo processo. Agora tente imaginar o que será de um motorista que atropele alguém na faixa de pedestres.

domingo, 24 de julho de 2011

Das "coincidências" musicais...

Segundo experts, uma canção com quatro notas musicais seguidas que coincida com outra canção é considerado plágio. Da mesma forma, são considerados plágios os arranjos e/ ou as letras que remetam a outra canção...

A não ser, claro, que o artista, ao divulgar o seu trabalho, declare publicamente a sua "fonte" de inspiração; a sua intenção de homenagear ou parafrasear o trabalho alheio.

Em 2009, publiquei uma série de vídeos que remetem a algumas coincidências... Eis o primeiro da série:

domingo, 17 de julho de 2011

Levante a sua voz

Julian Assange, fundador do Wikileaks, sobre a indústria das comunicações, ou, a chamada "grande mídia":

"eles são tão ruins, que devemos nos perguntar se o mundo seria melhor sem eles completamente”, disse ele.” (clique AQUI para a entrevista completa).

Não cabe aqui julgar se Assange é mocinho ou bandido, mas tenho refletido muito sobre o que ele disse... E concluí que, desde sempre, os (grandes) meios de comunicação serviram mais como ferramenta da oligarquia; da opressão - deixando p/ terceiro plano a função social. Hoje, tal função ficou para o pequeno jornaleco de bairro ou p/ as "marginais" rádios comunitárias.

Por favor, se puder assista ao vídeo abaixo. É a primeira parte de um documentário que, com linguagem simples e direta, ilustra muito bem isso tudo:

terça-feira, 5 de julho de 2011

Chico: a raiva na internet e o fator BBB

O cara passa 67 anos na vida achando que era amado. Então num belo dia resolve ler os comentários de um post na internet e descobre que também é odiado, com ofensas e xingamentos de tudo que é tipo: velho, chato etc.

Isto aconteceu com Chico Buarque. Alguém escreveu um artigo (clique AQUI para ler) creditando o "fenômeno" à uma espécie de ira que prevalece na internet. Discordo plenamente. Eis na íntegra o comentário meu sobre tal artigo:

O problema dos xingamentos na Internet não é "raiva na internet". Há um equívoco aí. Na verdade, é um fenômeno que eu chamaria de "fator Big Brother Brasil". Depois que compreendi o "fator BBB", passei a entender mais claramente a internet. Vou tentar explicar...

O BBB é acompanhado por todas as classes e idades. Então certo dia eu vi uma pesquisa dando conta que a grande maioria dos telespectadores que ligavam para eliminar algum "big brother" era formada por crianças e adolescentes. Daí deduzi que todos os programas televisivos interativos funcionam assim: quem decide são os (muito) jovens. Pois essa geração sente aquela necessidade quase orgânica de interagir com o mundo. E hoje dominam quase que de forma instintiva cada novidade eletrônica que surge.

Com a Internet não é diferente. Todo mundo (de crianças a velhos) navega na Internet. Mas tenho plena convicção de que toda a efervescência é ditada pela molecada. Você tem aqui e ali algumas fervuras comandadas por pessoas maduras, mas normalmente são os adolescentes que botam pra quebrar. Veja no Twitter, por exemplo, quais são os temas mais discutidos (os chamados “TTs”)... E você vai deduzir que é a molecada que está ali marcando presença. Em suma: coisa de criança...

Então você vai e fala de Chico Buarque. Quem é Chico Buarque? Ora, Chico Buarque para a minha geração é gênio, mas para eles, quando conhecem, dizem que.é um velhinho que faz “música chata”. Mas ouse escrever um artigo falando mal de Luan Santana ou NXZero. Qual a linguagem que usarão para contestar? Ora, vai vir é palavrão, ofensa... Estão errados? Não sei, mas também já fui menino e acho que agiria da mesma forma se voltasse no tempo e alguém falasse mal dos meus “ídolos” de então.


Assita ao vídeo com a entrevista de Chico no link abaixo:
http://vimeo.com/25483143

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Descubra a operadora do celular

Antigamente era fácil você saber a operadora de um celular. Bastava saber o prefixo do número do telefone móvel. Por exemplo: o prefixo "9987" era da operadora Telemig Celular (hoje Vivo).

Hoje, com a lei da portabilidade que permite que você conserve seu número, mesmo que mude a operadora, isso ficou mais difícil.

Mas existe um site que te permite descobrir qual é a operadora. Isto é muito útil para as pessoas que possuem um plano de telefonia móvel que dá descontos p/ quem liga para a mesma operadora. Por exemplo: você tem um celular da Vivo e tem um plano que te permite falar à vontade com outro celular da Vivo. Então, para descobrir de qual operadora é o número da pessoa p/ quem você vai ligar, basta consultar abaixo. Lembre-se de preencher o código verificador; caso este código esteja difícil de visualizar, clique sobre o mesmo para mudar para outra imagem.

http://consultanumero.abrtelecom.com.br:8080/consultanumero/consulta/consultaSituacaoAtual!carregar.action

sábado, 18 de junho de 2011

Tudo pelo Ibope

O que um programa de TV não faz para tentar remediar a decadência...
Após a "farsa do PCC" (como ficou conhecido o caso) que o programa Domingo Legal, apresentado por Gugu Liberato, exibiu em 2003 no SBT, a credibilidade do apresentador foi para o fundo do poço. Clique AQUI para entender o caso.

Ontem (05/08/2011) o programa do Gugu, na Record, exibiu um "beijo na boca" de uma dançarina no apresentador. As circunstâncias da cena (encenação de uma novela de mentirinha) não vem ao caso. Aliás, não vem ao caso nem falar da falsidade do tal "beijo na boca" - daqueles técnicos, bem ensaiadinho, dado num ângulo em que a câmera não capta que foi no queixo e com a boca fechada. O que mais chamou a atenção nesse "marketing" bizarro (para buscar audiência) são os comentaristas de TV em portais da internet e tablóides que, para atrair leitores, fingem acreditar que se tratou de algo inesperado. Clique AQUI para um exemplo. Enfim, assista à cena e confira o quanto é "escandalosa":

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Aos amantes da música

Para quem curte música, um site sensacional. Basta entrar na página, clicar na foto do seu cantor (ou compositor) predileto ou escrever o nome dele no espaço de pesquisa. Automaticamente tocará alguma canção via Youtube. Abaixo da tela, surgirá uma lista com todas as canções cadastradas. Se você deixar, as canções tocarão em sequência. É só clicar no link abaixo:

http://uwall.tv/

domingo, 12 de junho de 2011

Site oficial da ABL maltrata a língua portuguesa



Em nota oficial, a ABL (Academia Brasileira de Letras) faz dura crítica ao livro didático ‘Por uma vida melhor’, distribuído pelo MEC.
Até aqui tudo bem. A ABL tem todo o direito de marcar sua posição conservadora e mostrar seu distanciamento tanto da realidade social do povo brasileiro quanto dos parâmetros adotados pelo MEC, que datam de 1998, no governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso (confira AQUI). Quanto à polêmica do referido livro, clique AQUI para assistir ao vídeo com a opinião equilibrada do professor Ataliba Castilho ou AQUI para ouvir o professor José Luiz Fiorin, outro craque no assunto.

Bom, numa visita ao site (em itálico, meus prezados!) da ABL, lembrei de dois ditos populares: “casa de ferreiro, espeto de pau” e “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.
Pois no site da ABL encontrei... diríamos... “equívocos textuais” que transgridem aquilo que a própria instituição defende com tanta paixão – nem que para isto seja necessário apontar o dedo no nariz dos outros. Para começar, visite o site oficial da ABL no endereço abaixo (ou clique AQUI para ir direto ao "pecado original"):
http://www.academia.org.br
No menu Publicações > Introdução consta o seguinte texto:
"As publicações acadêmicas inciaram-se em 1923 na presidência de Afrânio Peixoto que criou a Biblioteca de Cultura Nacional".

No período acima, dois erros:
1- “iniciaram”, grafada erroneamente: “inciaram”;
2- Ausência de vírgula após o substantivo próprio “Afrânio Peixoto”. Reza a gramática normativa que a oração subordinada adjetiva explicativa deve vir separada da principal por vírgula. Assim: “(...) Afrânio Peixoto, que criou (...)”.

Mais adiante, outro trecho:

“A ABL seguiu com a criação de novas publicações e, atualmente fazem parte de seu acervo as Coleções Afrânio Peixoto, Austregésilo de Athayde e Antônio Morais Silva, além da Revista Brasileira e outras publicações tais como os Anais da ABL e os Discursos Acadêmicos.
Há disponibilidade de várias obras on-line, onde o usuário poderá fazer o download das mesmas.”

O que faz a vírgula após a conjunção aditiva ‘e’? Repare ainda o estrangeirismo representado pelos termos download e on-line – que, ainda por cima, não foram devidamente destacados (em itálico, por exemplo). Quer dizer: nós, simples mortais, podemos lançar mão do "diet"; do "light", do "mouse"; do "on-line"; do "download"... Eu mesmo usei a palavra "site" (em vez de "sítio"). Mas saiba que os manuais de gramática (que a ABL tanto preza) não são simpáticos com o que chamam de "vício", que José Saramago preferia chamar de "nova colonização". O que dizer então quando o (mau) exemplo vem da própria ABL, que na nota de repúdio ao livro do MEC diz que "O Cultivo da Língua Portuguesa é preocupação central e histórica da Academia Brasileira de Letras"?
Por fim, é importante dizer que acho tremenda deselegância e pedantismo apontar falhas nos textos alheios, principalmente quando o intuito é desmerecer a pessoa ou o a idéia. Afinal, somos todos mortais. Ou, lembrando o clichê: errar é humano. Mas dá para perdoar os doutos imortais da ABL?

ATUALIZAÇÃO EM 12 de Agosto de 2012: cerca de um ano após a publicação deste texto, o site da ABL corrigiu os erros supracitados. 


sábado, 11 de junho de 2011

O dia em que a censura dobrou-se ao censurado

O grande cantor e compositor cearense Ednardo foi um daqueles que sofreram com a censura nos tempos da ditadura. Com isto, foi "condenado", junto com tantos outros artistas brasileiros, a ficar nacionalmente conhecido apenas pelo sucesso de uma canção, no caso "Pavão Misterioso". Mas é pena que o Brasil não tenha tido a sorte de conhecer outras belas canções de Ednardo. Uma delas, "A Manga Rosa", censurada pela ditadura, tem uma passagem curiosa.

Tudo acontece num show no Teatro Estação Beira Mar, no Rio de Janeiro, em 1999 - quando já estávamos livres da ditadura. Ednardo, antes de cantar "A Manga Rosa", resolveu dedicar a canção a uma pessoa que estava na platéia. Surpresa geral. Vale a pena ouvir o relato de Ednardo, que é ao mesmo tempo engraçado e emocionante. Vale a pena inclusive para os jovens que não conheceram o peso perverso (e burro) da ditadura.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

As aparências enganam

ELE REALMENTE MUDOU O MUNDO?
Tido como um visionário, este homem deixou diversos seguidores. E também diversos desafetos...

Controverso, após cumprir sua questionável missão, ele transformou o mundo. Por seus atos, ficamos sabendo que o capitalismo tem suas falhas; que o dinheiro pelo dinheiro, um dia, levaria homens e empresas à ruína.

Nesta foto, ele está escrevendo...
Está diante de uma obra de sua autoria que fala, sob sua ótica, dos caminhos e descaminhos desse novo mundo. Segundo um editor brasileiro, "este homem realizou o seu trabalho com mais eficácia do que qualquer outro ser humano". Porém, para muitos críticos, o poder a ele concedido foi mal conduzido a tal ponto de ser a causa de todo o desarranjo mundial.

Ele tem algo em comum com Allan kardec, o codificador do Espiritismo. Quem é ele?

Clique AQUI para ver a foto inteira.

Clique AQUI para saber quem é o homem.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Como vota a Academia Brasileira de Letras

Carlos Drummond de Andrade morria de rir da Academia Brasileira de Letras. Ele, que recebia incansáveis convites para ingressar na ABL, sempre desdenhava daquilo que considerava uma instituição inútil onde alguns velhinhos vaidosos se reuniam para tomar chá e comer quitutes. Senão, vejamos alguns imorais, digo, imortais de grandiosa contribuição literária que habitam ou habitaram a Casa de Machado de Assis: Roberto Marinho, José Sarney, Marco Maciel, Paulo Coelho... E vejamos alguns "medíocres" que foram preteridos porque nunca apresentaram produção literária que prestasse: Lima Barreto, Cecília Meireles, Clarice Lispector, Monteiro Lobato, Erico Veríssimo, Autran Dourado, Vinícius de Moraes, Rubem Fonseca...

Agora, para a vaga de Moacir Scilar, foi eleito o jornalista da Globo (ou do O Globo, o que dá na mesma) Merval Pereira, cuja "alta relevância intelectual" dispensa maiores comentários. Ouvi falar que o novo imortal da ABL escreveu dois livros, sendo que um deles fala mal do Lula. Concorria com Merval o escritor (de verdade) Antônio Torres. Clique AQUI para ler um ótimo artigo sobre a preferência da ABL por alguém que lhe dê notoriedade midiática (via Merval) em vez de preferir o patrimônio literário representado por Torres. Portanto, a eleição de Merval foi uma espécie de moeda de troca. Por ironia, o nome MERVAL remete à Bolsa de Valores de Buenos Aires. Link

Este blogueiro visitou a ABL e fotografou o salão de votação... Fiquei abismado com a incrível pluralidade representada pelas cores das urnas onde são depositados os votos. Confira:






Roberto Marinho e os primeiros trolls da internet

Comecei na internet em 1996, quando a rede no Brasil começava a sair do ambiente estritamente acadêmico para se tornar mais popular. Na época não existia Google, nem blogues ou sites de relacionamentos. Os sites de buscas mais populares por aqui eram o Altavista e o Cadê. Ainda naquele tempo, o principal navegador era o Netscape enquanto a Microsoft, ainda pagando caro por Gates ter desdenhado a internet, engatinhava com o Internet Explorer. De bate-papo, limitávamos ao UOL e Zaz. Havia também outros protocolos de conversação: ICQ, mIRC, Free Tell etc. que foram suplantados pelo MSN, Skype...

Os bate-papos (chats) mais concorridos eram do UOL. Ainda que fosse um ambiente seleto, ou, mais restrito às universidades, claro que vez ou outra apareciam figuras desagradáveis nos bate-papos - hoje conhecidos como trolls. Havia um famoso que só entrava com o nome "NoFHC". Tinha ódio de FHC e seu governo. E se dizia ex-funcionário da Globo. Entrava nas salas de bate-papo e escrevia textos quilométricos atacando FHC, Globo etc. que invariavelmente beiravam teorias conspiratórias. E sempre conseguia estragar a paz numa "sala", principalmente quando as pessoas lhe desprezavam ou hostilizavam. O "NoFHC" ficou tão famoso que criou até "clones", ou seja, muitos entravam em chats com o nome "NoFHC" simplesmente para "trollar". Até que um dia...

Não se sabe se foi o "NoFHC" original ou se foi um clone...

O fato é que o ator André Marques veio com uma novidade em Malhação. Era um quadro em que ele interagia ao vivo com os internautas. Eis que, para desespero de André Marques, o "NoFHC" consegue entrar na sala. O estrago você confere aos 0:50 do vídeo...


sábado, 28 de maio de 2011

The Wall, uma biografia

Como todo mundo sabe, o álbum The Wall tem um toque biográfico de Roger Waters. No vídeo abaixo, isto é perceptível no clip - mais precisamente quando o professor caçoa do poema feito pelo garoto. Eis os trechos lido pelo professor:

"Money get back
I'm all right jack keep your hands off of my stack

(...)
New car, caviar, four star daydream
Think I'll buy me a football team"


São trechos da canção "Money", de Waters, que você pode conferir traduzida e analisada clicando AQUI. Lá você pode conferir também o comentário de Matheus de Castro, a quem dou o crédito deste post.


Pink Floyd - Another Brick In The Wall por djoik

quarta-feira, 25 de maio de 2011

As propagandas proibidas

Peças publicitárias que foram proibidas pelo CONAR ou pela diretoria de marketing da empresa contratante. Então chega alguém da agência e "sem querer querendo" vaza no Youtube para os filmes ficarem imortalizados... Com exceção do Costinha (com a Loterj), há suspeita também de que os "erros", os cancelamentos e os "vazamentos" tenham sido propositais para virarem "virais" de sucesso na internet - o que acaba divulgando o produto.

Schin (o "primo sem-noção"):
http://www.youtube.com/watch?v=caXTbzI35zY

Renault (insinuação de lesbianismo):
http://www.youtube.com/watch?v=hq-hiiNealM

Citroen (desrespeito à lei):
http://www.youtube.com/watch?v=3U4_ba16UmQ

Guaraná Antárctica (agressividade contra a Coca-Cola):
http://www.youtube.com/watch?v=8YNE4oqwVuA

Costinha e a Raspadinha da Loterj (um clássico):
http://www.youtube.com/watch?v=Z2PlLcUXpuM

Bolinho de bacalhau do Habibs e Ragazzo:
http://www.youtube.com/watch?v=iMp4lVBOHco

http://www.youtube.com/watch?v=rT07mI2ookw

terça-feira, 24 de maio de 2011

O "esquentador de cama" da Globo

A reportagem é antiga, mas como o frio está chegando no Brasil, vale a pena ridicularizar de novo. Alguém lembra do "esquentador de cama"? A matéria foi exibida no início do ano passado no Jornal Nacional, da Rede Globo. Pelo conjunto da obra, seria injusto dizer que foi a coisa mais idiota já exibida no principal noticiário da emissora.

A matéria mostra um hotel londrino que, para amenizar o gelado inverno inglês, escala funcionários especialmente para "esquentar a cama" do cliente. Então eu me perguntei: será que no hotel não existe calefação? Ou será que a reportagem comeu barriga num outro tipo de "serviço" que estaria por trás do tal "esquentador de cama"?

Porque se formos levar em conta o inverno no Brasil (onde as residências raramente dispõem de sistema de aquecimento), chegaremos à conclusão que, nos países onde o inverno é mais rigoroso, é muito mais agradável suportá-lo dentro de casa (onde todos os cômodos possuem calefação). Por exemplo: com neve caindo lá fora, você pode tomar banho, sair despido pelo corredor de casa e ir até a cozinha sem sentir frio. Assim, com um sistema de aquecimento razoável, não há necessidade de andar agasalhado dentro de casa. Bem diferente do Brasil, onde o frio invade as residências e a melhor opção é se esconder debaixo das cobertas.

Daí eu lembrei do meu pai, que não podia com frio. Em menos de 5 minutos ele costumava pré-aquecer a cama dele com um simples ferro de passar roupas...


segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rubinho e o Dia Mundial da Tartaruga

Pensei que fosse mais uma piada de brasileiro espalhada pelo Twitter, mas é realmente baita coincidência: hoje, 23 de maio, é o Dia Mundial da Tartaruga. E hoje é também comemorado o aniversário do piloto Rubens Barrichello, que completa 39 anos de idade.

Confira clicando AQUI (site da ONG Tortoise Rescue) e depois AQUI, no site oficial do Rubinho.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amanda Gurgel e as palavras necessárias...

O vídeo abaixo foi publicado há sete dias e já está quase chegando a um milhão de visitas. E tem todos os méritos para tanto sucesso.

Acontecia uma audiência pública, com deputados, secretários etc. do governo do RN tentando tergirversar, com discursos evasivos e tecnocráticos, os problemas objetivos da educação. Então surge uma Professora (com "P" mesmo) e pede a palavra. Enfim, assista ao vídeo e preste atenção no que ela tem a dizer...

As 100 canções mais tocadas em 100 anos

Que tal fazer uma viagem no tempo com os 100 maiores hits (em cada ano!) no Brasil desde 1902 até hoje? É gratuito e extremamente simples. Após clicar no link no final deste post, siga as instruções:

1- Clique no primeiro banner ( "100 +");
2- Na página que abrir, opte pelo acesso "listagem" (opção do meio);
3- Na esquerda da tela, você verá uma coluna com os anos. Se você clicar num ano, surgirá o ranking com as 100 canções mais tocadas naquele ano no Brasil;
4- Em cada canção da lista, você verá, à esquerda, ícone com a opção de como ouvir a canção no Youtube.

Eis o link e boa diversão!

http://www.planetarei.com.br/100anos/index.htm

terça-feira, 17 de maio de 2011

A balela do "erro de português" em livro didático

E o auê em torno do "erro de português" em livro didático? Na condição de licenciado em letras, opino...

Para mim, não passa de sensacionalismo barato da grande mídia e idiotice de jornalista (?) que não tem a mínima idéia do que está falando... Sequer sabe diferenciar "gramática normativa" de "gramática gerativa" e daí começa o festival de abobrinhas... Então vai a velha mídia e consulta os "especialistas" de plantão bitolados na gramática normativa (Sérgio Nogueira & cia.) para "atestar" que está "errado"... Se fôssemos unicamente pela cabeça dos gramáticos inflexíveis, até hoje estaríamos usando o "Vossa Mercê", que depois virou "vossemecê", que virou "vosmecê", que virou "você"...

A língua é dinâmica; está em constante mutação e aceita qualquer tipo de variação - desde que haja eficácia no seu uso, ou seja, o seu interlocutor entenda o que você está dizendo. Foi o tal dinamismo que nos trouxe o português, que veio do latim vulgar, que veio do latim clássico...

Mas há que ter zelo no uso da língua para que não caiamos em situações ridículas que possam atiçar o "preconceito linguístico". É exatamente isto que quis dizer a autora do livro em debate.

Que fique bem claro: o livro "Por Uma Vida Melhor" não ensina os estudantes a "falar errado", mas sim aponta as diferentes situações linguísticas em que os "erros" são admissíveis - mais especificamente na linguagem oral. Em qualquer faculdade de letras decente isto é ensinado. Ou seja: é muito diferente a linguagem que você usa com amigos num botequim para falar de futebol e aquela que você usaria durante uma entrevista para conseguir um emprego...

A cadeia da estupidez começou com uma "reporcagem" do IG acusando o "erro"; então vai o portal G1, o R7, o Jornal Nacional, o boçal e o escambau para papaguear a estupidez sem que um único jornalista tenha ao menos a curiosidade de ler o capítulo do livro que trata do "erro". E quem ganha com isso? A mídia, claro, cuja audiência é fomentada pela polêmica...

Bom, sobre o assunto recomendo ao amigo leitor a leitura de dois textos: o primeiro é um artigo de Hélio Schwartsman, articulista da Folha:
http://bit.ly/m1ZL4s

No segundo link, no site de Luis Nassif, você será direcionado ao arquivo (PDF) com o capítulo da discórdia:
http://bit.ly/mDNOh2

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Juntos novamente?


The dream is over!

Esta frase, imortalizada por John Lennon, virou realidade para alguns privilegiados londrinos que foram assistir ao show no 2 Arena - parte da turnê The Wall de Roger Waters - que aconteceu ontem, quinta-feira. Cantaram juntos Comfortably Numb e Outside the Wall.

Claro que lembro muito bem do show que assisti no dia 07 de outubro de 1987 no Madison Square Garden, em Nova York... O Pink Floyd fazia a sua turnê com o lançamento do álbum "A Momentary Lapse of Reason". No palco do Madison, a banda e sua estrutura perfeita - com os equipamentos mais modernos da época.

Um pequeno grande detalhe faltava para a perfeição da noite: Roger Waters...

Na época, os dois cabeças da banda - David Gilmour e Roger Waters estavam brigados e quem saía perdendo era o seu enorme público.

Agora, parece que está tudo ok com os dois... Vira e mexe, um vai prestigiar o show do outro. Confira abaixo:

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O preconceito gratuito e suas consequências


Era para ser apenas uma partida de futebol. Mas ao final do jogo Ceará x Flamengo, quando enxergou o fracasso do seu time, a torcedora do Flamengo Amanda Regis escreveu no Twitter uma mensagem ofensiva aos nordestinos (vide imagem acima) e foi dormir. Quando acordou, teve o dissabor de descobrir que seu nome tinha virado assunto geral no Twitter e caiu na rede como uma bomba.

Com o advento do internet, a pregação gratuita do preconceito e do ódio não tem rendido bons frutos aos autores... Vide o que aconteceu com outra internauta, Mayara Petruso, que xingou os nordestinos - "culpando-os" pela vitória de Dilma Rousseff nas eleições. Após a repercussão do caso, Mayara foi processada, se viu obrigada a largar o curso de direito e hoje vive praticamente às escondidas. Clique AQUI para saber mais do caso.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ouça rádios do Brasil e do mundo

Lá pelo final dos anos setenta, quando eu ainda era moleque, tínhamos em casa um rádio que era um verdadeiro museu. Enorme (do tamanho de duas caixas de sapato empilhadas), curiosamente o velho rádio costumava captar estações de rádio estrangeiras, com línguas estranhas. Ou estações na língua portuguesa com sotaque lusitano (talvez Cabo Verde). Enfim, em plena época da ditadura, era praticamente uma forma de "subversão" você ouvir livremente um veículo totalmente desprovido de qualquer censura prévia. De certa forma, isto era excitante...

Para quem não viveu a época e não sabe o que foi a ditadura, basta dizer que todo programa de TV e rádio tinha que passar pelo crivo da censura. No caso da televisão, esta era obrigada a exibir o documento de aprovação antes da exibição do programa. Clique AQUI para conferir um exemplo (disponível no Youtube) da época.

Agora, com o advento da internet, a vida dos saudosos da ditadura ficou muito mais difícil. Então você passa a entender um pouco toda essa onda de protestos nos países onde reinam governos ditatoriais; e do quanto ficou difícil a vida dos ditadores...

Enfim, vamos ao que interessa... Encontrei na net um site no qual você pode ouvir ao vivo 19.500 emissoras de rádio espalhadas pelo Brasil e no mundo todo. Inclusive, você pode pesquisar diretamente o nome da sua cidade para checar as estações nela disponíveis...

Clique no link abaixo e boa diversão:

http://www.radios.com.br/novo/estados.htmLink

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dica para encurtar os links dos sites

Muitos estão carecas de saber, mas como tenho muitos amigos que não sabiam desta dica, optei por publicar aqui...

Com o advento de microblogs, como o Twitter (com limite de 140 caracteres por post), foi necessário criar mecanismos para encurtar aqueles endereços eletrônicos quilométricos. Já existem alguns serviços que encurtam as URLs. Pessoalmente, uso o Bitly - que é muito fácil e rápido de usar. Basta você colar o endereço no espaço e clicar em "shorten".

Clique no link abaixo:
http://bit.ly

Por exemplo: O endereço para o post "The Dark Side of Moon - Uma análise geral é este:
http://letrasincertas.blogspot.com/2008/05/dark-side-of-moon-uma-anlise.html

Então você vai ao Bitly, cola o endereço, clica no botão "shortly" e o endereço "encolhe" assim:
http://bit.ly/jdgid1

Prático, não?

Correios poderão entrar no mercado de celular

Uma (boa) novidade!

Os Correios, tão em baixa (tanto pela feroz concorrência da internet quanto pela péssima gestão nos últimos anos) poderão ganhar um novo fôlego com a Medida Provisória baixada pela presidenta Dilma Rousseff. Mais do que fôlego, a estatal poderá minar a cartelização do serviço de telefonia móvel no Brasil - um dos mais caros do mundo.

Em resumo, a MP viabilizará que os Correios comprem no atacado os serviços oferecidos pelas operadoras (Claro, Oi, Tim e Vivo) e vendê-los no varejo por um preço muito menor. Isto fatalmente forçará a queda nos preços oferecidos pelas operadoras. Outra meta dos Correios é entrar de cabeça para ter um banco postal próprio - hoje operado pelo Bradesco. Dia 31 de maio haverá nova concorrência para decidir se o Bradesco continua. A condição imposta é que o Banco Postal ofereça cartões de crédito em áreas de difícil acesso e também conceda pequenos empréstimos. Da mesma forma, o Banco Postal poderá vir a oferecer serviços para os brasileiros que moram no exterior, facilitando (e barateando), por exemplo, a remessa de dinheiro nas duas vias, ou seja, do país estrangeiro para o Brasil; e do Brasil para o estrangeiro. Eu, que já morei fora do Brasil, sei bem o quanto era caro tal serviço...

Fonte: editorial do jornal O Estado de São Paulo. Clique AQUI ou AQUI para mais detalhes.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O Sol, em imagem inédita

Uma bela imagem do Sol feita por um satélite europeu. O vídeo é da BBC:

A farsa que pode estar por trás da morte de Osama

No dia 04/05/2011 publiquei esta mensagem no meu Twitter:Link
"Osama tinha grave problema de saúde e sem acesso a hospital. Pode ter morrido por isto. Mas os EUA precisavam faturar com a morte dele."

Não foi um "chute". Sabia-se que Bin Laden sofria de doença crônica e que teria contraído hepatite C; e que precisava se submeter periodicamente à hemodiálise. A doença do terrorista era agravada, pois, pelo estilo de vida que levava, ou seja, sempre em fuga. E é complicadíssimo, mesmo para os pacientes renais 'normais' (que não precisam ficar se escondendo da CIA, Interpol etc.), arranjar um local ou hospital que tenha um aparelho de hemodiálise confiável. Em suma: na minha opinião, Osama Bin Laden poderia ter morrido muito tempo antes do dia 01/05/2011 - dia em que os norte-americanos dizem ter matado o terrorista.

Outra coisa: As justificativas para o governo norte-americano para o sepultamento de Osama Bin Laden no mar e a proibição de divulgação de imagens (fotos e vídeos) da captura são totalmente esdrúxulas.

Agora, surge uma notícia no UOL: ministro iraniano afirma que Bin Laden morreu há anos. Em quem acreditar? no governo norte-americano ou no iraniano? Julgue você. Mas vamos à notícia... Clique AQUI para ler direto no site do UOL.

Ministro iraniano diz ter provas de que Bin Laden morreu por doença "há muito tempo"

O ministro iraniano de Inteligência, Heydar Moslehí, anunciou que seu país teria "informação fidedigna" de que o terrorista saudita Osama bin Laden teria morrido "há muito tempo por causa de uma doença".

Em declarações divulgadas nesta segunda-feira (9) pela imprensa estatal, o chefe dos serviços secretos do Irã afirmou duvidar da operação norte-americana que teria matado Bin Laden, segundo a versão oficial apresentada pelos Estados Unidos, e desafiou Washington a mostrar o corpo do saudita.

A Casa Branca diz ter lançado o corpo de Bin Laden ao mar, após colher material para exame de DNA, e com direito às cerimônias religiosas correspondentes à tradição islâmica. O governo americano também diz ter fotos da operação, mas decidiu não tornar as imagens públicas.

"Temos informação fidedigna de que Bin Ladem morreu há muito tempo por causa de uma doença", rebateu Moslehí em declarações à imprensa local, após a reunião dominical do Conselho de Ministro.

"Se os aparelhos de segurança e de inteligência de fato prenderam ou mataram Bin Laden, porque não mostram o cadáver? Por que o jogariam ao mar?", questionou o iraniano.

domingo, 8 de maio de 2011

Banda larga sem provedor

Você paga para ter internet banda larga e também paga um provedor de acesso? Se a sua resposta for "sim", leia o que segue abaixo porque isto vai te interessar muito.

Só me senti seguro para publicar isto após, finalmente, receber em minha casa a conta de telefone sem a cobrança do inútil (ao menos para mim) "provedor de acesso". E isto só foi possível graças a uma ameaça de processo contra o tal provedor que insistia em não retirar a cobrança.

Para ficar bem claro: uma coisa é o acesso à internet banda larga, serviço pelo qual você paga e é justo que a concessionária cobre. Outra coisa é o provedor de acesso, que é totalmente inútil - a não ser, claro, que o provedor ofereça serviços úteis (notícias, suporte técnico, entretenimento etc.) pelos quais você QUEIRA pagar. Inclusive, há uma lei que proíbe as concessionárias de acesso à internet (Oi-Velox, Telefonica-Speedy etc.) de impor um provedor, que não passa de um "atravessador" do seu acesso à internet.

Numa comparação metafórica, seria o mesmo que você pagar mensalmente uma taxa para ter direito a atravessar livremente, por um mês, uma ponte que já existe (seu modem até o backbone da concessionária). Até aqui tudo bem. O problema é que surge uma terceira entidade na área: um sujeito (provedor de acesso) que põe uma cancela na entrada da ponte e passa também a te cobrar por um serviço que você já paga. Clique AQUI para mais detalhes.

O meu caso com o provedor começou com uma ida até o PROCON de minha cidade para reclamar contra a cobrança de R$ 29,90, pois eu tinha solicitado o cancelamento do "serviço" e eles se negaram em fazê-lo. Bom, segue o meu diálogo com a atendente do PROCON, que reflete o grau de desinformação sobre o assunto:

Atendente: você precisa do provedor para acessar!
Eu: não precisa.
Atendente: Precisa sim. Sem o provedor você não tem senha nem login para entrar na internet.
Eu: você tem internet na sua casa?
Atendente: tenho!
Eu: banda larga mais provedor?
Atendente: isso!
Eu: você já experimentou, na janela da conexão, colocar qualquer senha e qualquer login?
Atendente: não.
Eu: então, quando você chegar em casa, faça o teste.
Atendente: mas precisa de provedor sim.
Eu: este seu terminal tem acesso à internet?
Atendente: tem!
Eu: você pode entrar agora no Google?
Atendente: posso.

Pedi então que a atendente digitasse as palavras "provedor internet venda casada" (sem aspas). Por sorte, surgiu como um dos primeiros resultados na pesquisa uma reportagem de 2005 em que o próprio ministro das comunicações de então, Hélio Costa, questiona o que considerou "venda casada", sendo que ele próprio desconhecia sobre a prática irregular quando contratou para a casa dele o serviço de banda larga, que veio junto com o serviço de provedor. Confira aqui:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u98166.shtml

A atendente do PROCON então pediu licença e foi consultar a advogada do órgão. Dez minutos depois, ela veio com a resposta: "olha, esse caso foge da competência do PROCON. Você vai ter que entrar na justiça".

Bom, ao menos no meu caso, não precisou abrir processo. A própria operadora me telefonou avisando que enviaria outra conta apenas com o serviço de banda larga, ou seja, sem a cobrança do provedor. E pediu desculpas pelo “equívoco”. Isto porque eu tinha dito ao atendente do provedor que eu tinha consultado um advogado e que iria entrar com um processo na justiça.

E tem gente que paga "só" R$ 9,90 ou até R$ 1,99 e acha que está levando vantagem. Falando em "vantagem", há pessoas que até pagam um bom dinheiro para "técnicos" de computador picaretas irem em suas casas para arranjarem um "jeitinho" de não precisar pagar provedor. Adiante, explico como você mesmo pode dar esse "jeitinho".

Daí você perguntaria: "Ah, mas eu não vou ficar sem internet?"
Resposta: Não. Você vai continuar acessando normalmente com o seu mesmo login e senha. Aliás, com a proibição da venda casada (banda larga + provedor) pela justiça, hoje com qualquer login e senha você entra na internet (desde que, claro, você esteja pagando pela banda larga).

Então faça o teste agora mesmo: desconecte-se da internet e, na janela de conexão, troque o seu login e senha por um outro qualquer. Pronto. Conecte-se novamente e boa navegada! Este é o "serviço" que alguns "técnicos" andam vendendo na praça. Caso o teste não dê certo, corra atrás dos seus direitos.

Bom, de qualquer jeito, caso você não queira ficar pagando por um serviço que considera inútil, ligue agora para o provedor e mande cancelar o serviço. O atendente certamente irá te dizer que você vai ficar sem internet, mas esteja certo que esta informação não procede.

Por que ninguém, ou melhor, nenhum noticiário de TV ou jornal te informa disto? Resposta: lembre-se que alguns veículos da chamada “grande mídia” têm oferecido serviço de provedor para banda larga. E perderiam muito dinheiro se todo mundo soubesse que o provedor de acesso é supérfluo, ou, um serviço opcional.

Artigo publicado no Portal Nassif - clique AQUI

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Não existe uísque 8 anos

Artigo meu publicado originalmente no Portal Nassif (clique AQUI) e que mudou o conceito que muitos tinham do chamado "uísque 8 anos" que, em rigor, nunca existiu... Confira:

A lenda do uísque 8 anos
(Michel Arbache)
Fim de semana chegando e eis uma boa pauta para animar a conversa de botequim: não existe uísque 8 anos.

Sim, pode acreditar: quase todos os uísques mais famosos conhecidos genericamente como “8 anos” não são envelhecidos por tal período. Espanta-me, pois, como ninguém até hoje se deu conta de que muitos comerciantes (por meio de cartazes, catálogos, cardápios etc.) podem estar incorrendo em propaganda enganosa.

Bom, para início de conversa, pegue uma garrafa do chamado “uísque 12 anos” de qualquer marca dos escoceses mais famosos: Chivas, Johnnie Walker Black, Ballantine’s 12 etc. Sempre há alguma referência quanto ao tempo de envelhecimento da bebida, ou seja, você normalmente lerá algo do tipo aged 12 years ou coisa similar. Está escrito. Logo, esta é uma informação verdadeira.

Agora, pegue uma garrafa daquele uísque que você acha que tem 8 anos: Ballantine’s Finest, White Horse, JW Red etc. Procure qualquer referência ao número oito na caixa ou rótulo da bebida. Você não encontrará. Isto porque, na verdade, tais bebidas não foram envelhecidas por oito anos. Então por que dizem “oito anos”?

Para entender o porquê do equívoco, é conveniente uma ligeira explicação sobre o processo de fabricação do blended whisky, que é o mais popular, ou seja, aquele que tem maior aceitação no mercado mundial e que todos nós conhecemos. Pois o blended traz em sua composição uma mistura de maltes puros (mais caros) e destilados de grãos (mais baratos). Mas a mistura não é apenas para baratear o produto, mas principalmente para balancear o sabor da bebida, tornando-a assim mais suave ao gosto do consumidor médio. E tal mistura só pode ser feita após o devido processo de maturação, que deve ser de no mínimo três anos em barris. Pela lei escocesa que disciplina as exportações, só após este tempo de maturação é que o uísque escocês poderá trazer no rótulo a denominação "scotch". Importante frisar que, diferente do vinho, o processo de envelhecimento do uísque estanca quando ele é engarrafado. E aqui cai por terra outra crença equivocada: acreditar que o fato de guardar por anos uma garrafa de uísque ajuda a torná-lo mais velho.

Acontece que tanto os maltes quanto os destilados de grãos são envelhecidos separadamente, sendo lícito que, no ato da mistura, as idades dos ingredientes sejam diferentes. Mas, também segundo a lei escocesa, para efeito de rotulação da bebida, deve sempre prevalecer a idade do ingrediente mais novo. Ou seja: se dezenas de ingredientes foram envelhecidos por mais de 12 anos e apenas um foi envelhecido por 3 anos, a idade deste último é que deverá constar no rótulo. Talvez seja este o fator da confusão que fez surgir a lenda dos 8 anos. Ou seja: para computar a idade da bebida, em vez de se basear no ingrediente mais novo (como manda a lei), leva-se em conta a média das idades dos ingredientes, o que é errado.

Ainda sobre o rótulo, as destilarias podem omitir o tempo de envelhecimento. Mas saliente-se que, conforme foi dito, o simples fato de o rótulo trazer o termo scotch, já significa que todos os ingredientes ali foram envelhecidos no mínimo por três anos. Por isto as destilarias evitam explicitar a idade dos produtos mais baratos, pois se assim fizessem seriam obrigadas a imprimir o verdadeiro tempo de envelhecimento, que normalmente é de três anos. Assim, como a lenda diz que o uísque tem 8 anos, então as destilarias julgam mais vantajoso omitir a idade da bebida.

Se você quiser checar, as próprias destilarias disponibilizam nas respectivas páginas na internet (vide links ao final) as informações sobre os produtos. Na descrição dos uísques envelhecidos por mais de 12 anos, por exemplo, os sites trazem explícitas as idades. Mas o mesmo não ocorre com os seus produtos mais baratos (os “8 anos”). Prudentes, eles raramente explicitam o tempo de envelhecimento. Neste ponto, o site da Ballantine’s pelo menos nos dá uma dica na descrição da linha Finest que traz o seguinte trecho:

“The brand's light gold colour and unmistakable taste come from a complex of carefully selected malt and grain whiskies all aged for at least three years”.

“A marca da cor dourada e o sabor inconfundível vem de uma complexa e cuidadosa seleção de malte e grãos de whiskies todos envelhecidos por pelo menos três anos.”

Em outro site especializado em uísque, o expert Arthur Motley diz:

“Have you ever wondered why only some whisky labels include the age of the product? The minimum age of whisky is three years. If a distillery mixes a batch that is three years old with one that has matured for 20, the age of the full production is three. That's the law, and that's why some makers don't publicise the age. The general belief is that 15 years is peak maturation time for Scotch whisky, although older whisky is just as tasty.”

“Alguma vez você já se perguntou por que somente alguns rótulos de uísque incluem a idade do produto? A idade mínima de whisky é de três anos. Se uma destilaria mistura um lote de três anos com outro que tenha amadurecido 20 anos, a idade da produção total é de três. Esta é a lei e é por isto que alguns fabricantes não divulgam a idade. A crença geral é de que 15 anos é tempo de maturação de pico para o uísque escocês, apesar de o uísque mais velho ser tão saboroso.”

Confira:
http://www.ballantines.com/

http://www.cutty-sark.com/

http://www.johnniewalker.com/pt-br/redlabel/

http://whisky.scotsman.com/viewhistory.aspx?id=346

Tudo sobre o álbum "The Dark Side of the Moon" - TRADUÇÃO E ANÁLISE DAS LETRAS

Clique em cada título abaixo e conheça (quase) tudo sobre um dos melhores álbuns de todos os tempos.

The Dark Side of the Moon - A capa
Uma análise geral e a correlação do álbum com a capa.

A inspiração do álbum
Syd Barret

O significado do 'álbum conceitual'
Um mergulho na engenhosidade e perfeição do álbum

O sentido de "O Lado Escuro da Lua"
Conceito e lendas acerca do enigmático título

The Dark Side of the Moon & O Mágico de Oz
A sincronia entre o álbum e o famoso filme da MGM

Uma análise geral do álbum - LETRAS TRADUZIDAS E ANALISADAS
Todas as canções traduzidas e analisadas