(Gilmour, Waters)
Embora seja essencialmente instrumental, “On The Run” merece uma análise bem ao nível do Pink Floyd. Pois há neste som toda uma simbologia que é a marca registrada do ‘The Dark Side of Moon’ – e que nos traz claramente a continuidade do enredo que já foi explicado anteriormente...
Preliminarmente batizada pela banda de ‘The Travel Sequence’ – ou, “A Seqüência da Viagem” (sugestivo, não?) –, você percebe que o som se inicia com a voz de uma “locutora de aeroporto” e depois segue com o ruído de passos e diversos efeitos de aeronaves e explosões. O que isto significa? Vamos à análise...
Como num contraponto à canção ‘Breathe’, o som ‘On The Run’ começa num ritmo frenético... Você começa a ouvir a típica voz de uma locutora de aeroporto como que anunciando uma partida e em seguida vêm os passos de alguém que, esbaforido, corre supostamente para não perder o vôo.
Na seqüência, ouve-se uma voz masculina (talvez o piloto da aeronave) dizendo “Live for today, gone tomorrow, that’s me” – que seria traduzível para “Viver o hoje, amanhã já era, este sou eu” – e depois dá uma sádica gargalhada mecanizada. Tal passagem reforça a idéia da entrega aos perigos anteriormente exposta na frase “Equilibrar-se na onda mais alta”, de ‘Breathe’. Na seqüência do som, ouvem-se aeronaves e explosões... Depois advém o silêncio, numa alusão de que tudo se estraçalhou – inclusive levando à morte o piloto (que supostamente pilotava a aeronave de maneira insana e suicida).
O interessante é que, após as explosões, você ouve novamente os passos da pessoa juntamente com a respiração. A interpretação mais sensata para isto é que a pessoa que estava correndo acabou perdendo o seu vôo – uma fatalidade que, no fundo, acabou salvando sua vida por não ter embarcado naquela viagem suicida. Isto vem nos mostrar o quanto é tênue a linha que separa a vida da morte... Pois em muitos casos (muito provavelmente com você mesmo tenha acontecido) um mero acaso evita que nós embarquemos numa “canoa furada” – o que nos leva a questionar: estariam nossas vidas à mercê da sorte?
Assim, o título ‘On the Run’ remete-nos à idéia da nossa eterna fuga da morte. Ou, noutro ângulo: viver é também o exercício de driblar o constante espreitar da morte.
Preliminarmente batizada pela banda de ‘The Travel Sequence’ – ou, “A Seqüência da Viagem” (sugestivo, não?) –, você percebe que o som se inicia com a voz de uma “locutora de aeroporto” e depois segue com o ruído de passos e diversos efeitos de aeronaves e explosões. O que isto significa? Vamos à análise...
Como num contraponto à canção ‘Breathe’, o som ‘On The Run’ começa num ritmo frenético... Você começa a ouvir a típica voz de uma locutora de aeroporto como que anunciando uma partida e em seguida vêm os passos de alguém que, esbaforido, corre supostamente para não perder o vôo.
Na seqüência, ouve-se uma voz masculina (talvez o piloto da aeronave) dizendo “Live for today, gone tomorrow, that’s me” – que seria traduzível para “Viver o hoje, amanhã já era, este sou eu” – e depois dá uma sádica gargalhada mecanizada. Tal passagem reforça a idéia da entrega aos perigos anteriormente exposta na frase “Equilibrar-se na onda mais alta”, de ‘Breathe’. Na seqüência do som, ouvem-se aeronaves e explosões... Depois advém o silêncio, numa alusão de que tudo se estraçalhou – inclusive levando à morte o piloto (que supostamente pilotava a aeronave de maneira insana e suicida).
O interessante é que, após as explosões, você ouve novamente os passos da pessoa juntamente com a respiração. A interpretação mais sensata para isto é que a pessoa que estava correndo acabou perdendo o seu vôo – uma fatalidade que, no fundo, acabou salvando sua vida por não ter embarcado naquela viagem suicida. Isto vem nos mostrar o quanto é tênue a linha que separa a vida da morte... Pois em muitos casos (muito provavelmente com você mesmo tenha acontecido) um mero acaso evita que nós embarquemos numa “canoa furada” – o que nos leva a questionar: estariam nossas vidas à mercê da sorte?
Assim, o título ‘On the Run’ remete-nos à idéia da nossa eterna fuga da morte. Ou, noutro ângulo: viver é também o exercício de driblar o constante espreitar da morte.
5 comentários:
parabens pelo blog!!!
muito legal...
ps: percebo uma certa ligação entre o the wall e a obra revolução dos bichos do orwell. principalmente a partir de confortably numb... teria realmente alguma ligação?
abraço!
Muito bom! Obrigado por compartilhar isso com a gente. Valeu irmão, tudo de bom aí.
Na verdade, A Revolução dos Bichos tem muito mais a ver com o álbum Animals.
parabens voce explcam muito bem os significados da musica,este blog eh otimo
Meu nome é Ricardo. Te citando: 'Pois em muitos casos (muito provavelmente com você mesmo tenha acontecido) um mero acaso evita que nós embarquemos numa “canoa furada” – o que nos leva a questionar: estariam nossas vidas à mercê da sorte'? Eu não imagino nem um programa minuncioso e que governe até nossas menores ações e nem um aleatório - e como bem como disse o Morpheus em Matrix Reloaded, "eu não acredito no acaso (ou em sorte)". Onde outros veem coincidência eu vejo a providência". Pois também se diz: "O homem propõe e Deus dispõe"! Abraço!
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