Publicado em 14 abril 2009 às 20:26 em Política
Clique AQUI para o artigo original.
Dias atrás, o Senador Cristovam Buarque foi centro de uma polêmica: teria sugerido um plebiscito para fechar o Congresso Nacional.
Fiquei tão alarmado com esta notícia que imediatamente recorri à pesquisa na internet para saber se procedia. Pois, vinda de um democrata do naipe de Cristovam Buarque, a coisa tomava uma dimensão muito grave. Encontrei na internet centenas de portais e blogs repercutindo a notícia. Mas, escaldado nas armadilhas e nas infinitas irresponsabilidades de internautas descompromissados com a verdade, busquei informações apenas nos ambientes supostamente mais confiáveis.
Enfim, foi no blog do Noblat (então um daqueles “supostamente confiáveis”) que encontrei um artigo do jornalista Ruy Fabiano que engrossava a polêmica. Clique AQUI
Abrigado no espaço de Noblat, o artigo de certa forma avalizava tal notícia. Digo "avalizava" por um motivo muito simples: Noblat costuma abrigar também artigos do próprio Senador Cristovam Buarque. Desta forma, seria crível que o dono do blog publicasse ali uma grave inverdade acerca de uma pessoa com quem ele, pelo visto, tem facilidade de contato?
Enfim, pensei em lançar aqui neste espaço um artigo expondo minha indignação contra a idéia de Cristovam Buarque – descabida até mesmo se fosse apenas com a intenção de dar sacudida no Congresso. Mas, antes de publicar o artigo, eu, que nunca fui jornalista, pesquisei por uma declaração direta do Senador Cristovam Buarque. Não encontrei e decretei que isto era um factóide até que eu ouvisse ou lesse algo a respeito diretamente do Senador. Pois isto só veio a acontecer hoje, no blog de Ricardo Kotscho: uma carta do Senador Cristovam Buarque desmentindo o fato.
Abaixo, segue apenas alguns trechos que selecionei. Veja a íntegra no artigo de Kotscho clicando AQUI.
Carta do Senador Cristovam Buarque:
"Na semana passada, em Recife, em entrevista por telefone para o blog do Magno Martins, respondi que diante da crise de credibilidade do Congresso, em breve surgiria uma proposta de plebiscito para o povo decidir se deseja ou não um Parlamento aberto. A dimensão tomada pela divulgação desta frase, no blog, permite algumas lições.
A primeira, de como uma frase por telefone, de dentro de um carro no meio do engarrafamento, em poucas horas se espalha por todo o Brasil. Quando cheguei aonde ia, já havia jornalista me ligando para saber sobre o assunto.
(...)
Uma quarta lição é como as frases adquirem vôo próprio, transformam-se e passam a definir o que não estava na sua origem. Eu quero abrir o Congresso, não fechá-lo, como ele de certa forma está neste momento.
(...)
Outra lição é de que o político hábil é aquele que não corre risco dizendo frases polêmicas. A polêmica pode levar a desgastes de dimensões fatais eleitoralmente. O bom político é o silencioso, que trabalha sem polêmica, que concentra sua ação nas articulações internas ao Congresso e no convívio dos seus eleitores. Esta lição eu não vou seguir. Não vale a pena ver os problemas sem fazer deles o alarde que a história precisa um dia saber que foi feito."
quinta-feira, 4 de maio de 2006
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