quarta-feira, 10 de setembro de 2008

'The Dark Side of the Moon' – Uma análise geral

Conforme já foi dito, o álbum dito ‘conceitual’ obedece a todo um enredo embebido por um preceito filosófico. E tal enredo é exatamente o traçado de uma vida humana – desde o seu nascimento (com ‘Speak to Me’/ ‘Breathe’) até a morte (‘Eclipse’). Também foi mencionado o fato de o álbum ter sido inspirado em Syd Barrett – mais notadamente em ‘Brain Damage’. Mas há também uma pincelada biográfica de Roger Waters, principalmente na canção ‘Us and Them’ (“Nós e Eles”). Mas no seu ‘todo’, o álbum encaixa-se na vida das pessoas comuns. Até porque, como proclama o próprio trecho de ‘Us and Them’: “And after all we're only ordinary men” (“E apesar de tudo somos todos pessoas comuns”).

Quem já teve a oportunidade de analisar aquilo que era chamado ‘long play’ (o disco de vinil, ou, o popular “bolachão”), sabe que cada lado traz mais "claramente" a divisão: no lado A, temos a fase monocromática; e no lado B, a fase colorida. Na chamada “Era do CD”, por motivos óbvios, tal divisão perdeu o sentido...

Para melhor compreensão, vamos partir para cada título do álbum. Lembre-se que, também conforme foi dito, as letras se dividem em dois blocos, ou, fases:
1- Fase monocromática (espiritual, “ingênua”, subjetiva);
2- Fase colorida (materialista – ou psicodélica – realista, objetiva).

Vamos partir então para os títulos do álbum...
LETRAS, TRADUÇÕES e ANÁLISE
(Clique sobre cada título)

Fase monocromática

1- Speak to Me (“Fale para mim”) – Fase uterina até o nascimento;

2- Breathe (“Respire”) – Nascimento; os primeiros passos;

3- On The Run (“Em Fuga”) – Os perigos que espreitam;

4- Time (“Tempo”) – O momento de ir à luta;

5- Breathe / Reprise – As amarras (familiar, sentimental etc) que ainda prendem;

6- The Great Gig in The Sky (“O Grande Espetáculo no Céu”) – O contato com o místico (em contraponto ao medo da morte).

Fase colorida

7- Money (“Dinheiro”) – A queda aos encantos do mundo real – e materialista;

8- Us and Them (“Nós e Eles”) – O contato com as mazelas humanas; as indiferenças; a guerra;

9- Any Colour You Like (“Qualquer cor que você queira”) – O livre arbítrio de escolher o caminho;

10- Brain Damage (“Dano Cerebral”) – A loucura;

11- Eclipse – Todas os experimentos da vida – até a morte.

8 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente o maior album da historia...
Otimo blog!!!

Glauco P. Mendes disse...

nossa... antes de ler sua análise eu SÓ achava que esse cd era meu predileto... agora tenho certeza: Essa é uma das obras artísticas mais célebres que já vi, não só pela qualidade do som, mas também pelos verdadeiros significados em todo o conjunto do cd, ainda mais tocando num assunto tão complexo como a mente humana em relação à vida.
Parabéns pela análise! E excelente blog!

DSotM disse...

Melhor. Ponto!

http://www.neobux.com/?r=lauans

Trem das Onze disse...

Olá, eu estou fazendo um documentário no meu tcc, que fala sobre o The dark Side of the Moon e eu queria saber se podia usar suas análises. Por uma acaso você teria algum artigo publicado sobre a temática?

Letras Incertas disse...

Olá Trem das Onze, tudo ok?
Antes de tudo, obrigado pela visita...
Sobre a minha análise em torno do The Dark Side, na internet só está disponível este espaço.

Pode usá-la sim; eu só pediria p/ dar o crédito...

Abraços,
Michel.

Nayara disse...

OK, tratarei do assunto como se fosse um artigo de internet e todos os créditos serão concedidos em forma de citação, como manda o protocolo!
Obrigada
Nayara (estava logada no Trem das Onze que é o local onde trabalho)

Anônimo disse...

Interessante o ponto de vista que, no discutido sincronismo ao filme O Mágico de Oz, a faze em que filme se torna colorido, é exatamente no início de Money.
Será que tem mais algum mistério por de trás disso? =D

Anônimo disse...

Interessante o ponto de vista que, no discutido sincronismo ao filme O Mágico de Oz, a faze em que filme se torna colorido, é exatamente no início de Money.
Será que tem mais algum mistério por de trás disso? =D